A água é um bem indispensável. Sem esse recurso, não haveria vida no Planeta, pelo menos em relação à o que classificamos, entendemos e conhecemos como vida. Para a humanidade, a água doce é um recurso vital. Uma aparente abundância observada em rios, lagoas e cachoeiras nos faz pensar e agir como se a água doce fosse inesgotável. Não fazia parte da cultura civilizada de nossos ancestrais uma preocupação com o desperdício desse bem, que hoje sabemos que se pode exaurir.
O Planeta Terra tem uma superfície coberta por 70% de água salgada. De toda água existente no Globo, 97,2% é salgada, isto é, imprópria para o consumo humano. Dos 2,8% restantes, 2,38% estão localizados nos polos, sob a forma de gelo; 0,39% está no subterrâneo; 0,001% na atmosfera; e 0,029% está nos rios e lagos. Isto significa que para uma população de 6,3 bilhões de pessoas a quantidade de água fresca disponível para consumo imediato é menor comparada com a que está sob a terra e oitenta e duas vezes menos em relação à estocada nos glaciares.
A escassez de água potável atinge hoje 2 bilhões de pessoas, sendo 1 bilhão em áreas urbanas. Caso a água doce ainda continue a ser encarada como um bem infinito, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê que 2,7 bilhões de pessoas amargarão a sua falta até 2025.
Desde 1993, a ONU considera 22 de março como o Dia Mundial das Águas. A data é ao mesmo tempo uma homenagem e uma forma de ampliar a conscientização mundial para a importância desse recurso natural, tão valioso para a Vida.
A água doce é um bem essencial e merece estar na pauta de discussões sobre desenvolvimento e sustentabilidade de governos, organizações civis, ONG’s, empresas, escolas, instituições religiosas, universidades, enfim de toda a sociedade.
É muito importante que mudemos nossa percepção sobre a água. E ações práticas e teóricas de Educação Ambiental podem fazer com que passemos a entendê-la como um recurso natural essencial para a vida e não um bem a ser consumido indiscriminadamente.